[Para Repensar] Dia internacional da Mulher

8 de Março, dia internacional da Mulher.

Foi a primeira data que aprendi em pequena e o seu significado, mesmo antes de Natal e muitas outras datas.

Desde muito cedo entendi o seu significado, mas percebo agora em adulta que muitas mulheres ainda não entendem a sua extensão.

Não me auto-rotulo, mas ainda assim neste caso deixo aberta a opção a quem ler o texto até o fim.

Muitas mulheres em pleno século XXI ainda lutam por direitos básicos como vestir, maquiar-se, ler, estudar, votar ou um simples falar.

É triste ver que muitas de nós, inclusive eu mesma, nos deixemos prender por um mundo machista que de forma sigilosa priva-nos.  E quando falo em machismo, falo até mesmo por parte de nós mesmas.

Não estou aqui a incentivar o extremismo, muito pelo contrário, mas quantas de nós não deixamos de nos vestir de forma mais ousada porque um pai, irmão, namorado ou marido nos repreendeu? Quantas de nós já não passou por uma situação embaraçosa na rua e se sentiu culpada ou envergonhada?

Dizem que as estatísticas falam que grande numero da população trabalhadora no nosso pais são mulheres. Mulheres que se desdobram entre o trabalho, filhos, afazeres da casa, sociais, obrigações familiares entre tantas outras coisas.

Fala-se em igualdade, mas talvez devêssemos todas nós repensar nesse termo. 
Mulheres e homens são diferentes, temos condições diferentes, e devemos ser respeitadas como mulheres de forma individual.

Fala-se em empoderamento da mulher, mas vejo mulheres sobrecarregadas, mulheres presas a essa falsa liberdade porque precisam ser perfeitas em tudo, "ser boa mãe", "ser uma excelente funcionaria/empresária", "ser uma boa esposa", "ser uma optima filha".

É uma ditadura sigilosa á qual nós próprias nos prendemos e a qual nós mesmas ensinamos os nossos filhos a cobrarem um dia das mulheres que passem pela vida deles.

Aos homens que leram este texto recordem-se que grandes mulheres precisam de grandes homens. O lavar a loiça, tirar as crianças de casa, elogiar, incentivar pequenas batalhas, oferecer um simples batom é respeitar a mulher na sua individualidade, é ser companheiro, é ser homem, é aceitar que aquela mulher é a mais linda do mundo, a mais forte ou a mais desastrada, mas ainda assim mulher.

Obrigada ao meu Pai por ter-me dado as ferramentas por ser hoje uma mulher livre mentalmente, ao meu Namorado por me respeitar e me ajudar sempre na minha individualidade própria e a minha MÃE por ser uma mulher de exemplo, com força, actitude e que me ensinou o que realmente importa.

Vamos todas repensar. 

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Neide Ussiana. Com tecnologia do Blogger.